sábado, 3 de julho de 2010

Você suportaria?


Imaginem a cena. O que vou escrever adiante são apenas trechos de uma situação imaginária que criei no subsolo da minha mente, mas quero deixar claro que ela se repete todos os dias em todo o mundo. Por conta de cenas como estas as pessoas vivem sem esperança, não crêem que haja uma solução para o mundo. Você conseguiria suportar?
Era tarde fria numa pacata cidade do interior. Ana uma linda moça de 16 anos, mora sozinha com seu avô um pobre idoso com seus 87 anos. Sentada no meio da praça com os pés inchados de tanto caminhar e com os braços cansados por conta do excesso de peso que carregava todos os dias ela refletia sobre sua triste vida. Ana era catadora de lixo que morava embaixo de um viaduto, não estudava, não sabia ler, não tinha mãe nem pai. A vida deixou-lhe apenas seu pobre avô, um homem doente que não podia sustentar-se sozinho tampouco cuidar dela. Mas ela não reclamava, apesar de toda desgraça era uma menina feliz e muito afeiçoada ao avô.
Naquele dia voltou para casa crendo ser um dia normal (cansativo e doloso, pois seus dias eram sempre assim), mas não imaginava que este dia ficaria para sempre aprisionado entre os labirintos de sua memória. Chegando em casa – um barraco coberto por lonas velhas-, fez o que sempre fazia. Tirou o papelão que servia como porta, guardou os trocados que havia recebido (uns R$ 3,00) numa lata velha, limpou o rosto com o resto de água que guardava numa botija e dirigiu-se ao único cômodo que havia na casa para ver seu avô. Como sempre deu-lhe um beijo na testa e foi deitar-se no colchão velho que ficava ao lado de sua cama, afim de descansar e sonhar que sua vida uma dia seria diferente.
Eram 3 horas da manhã. Ana ainda dormia, pois, levantava apenas as 4 da matina para trabalhar. Fazia muito frio e sem coberta seus lábios estavam arroxeados, suas pernas encolhidas e seus braços em volta do seu corpo frágil e magrelo. Não parecia uma moça de 16 anos, mas uma menina de 12. Um barulho a despertou do sono e ela imaginou que fossem vozes que vinham de algum carro que certamente passava por cima do viaduto, mas aos poucos foi percebendo que as vozes ficavam cada vez mais próximas. Ao abrir os olhos ela deparou-se com quatro jovens. Dava para perceber que não se tratavam de moradores de rua como ela, pois estavam todos bem vestidos. Ana ficou como medo do que poderia lhe acontecer e mesmo tentando evitar uma lágrima caiu de sua face.
Os quatro jovens não falaram nada, apenas invadiram a casa de papelão e lona. Todos com um olhar maléfico dominando-os. Um deles estava com um cigarro nas mãos e o outro carregava álcool. Como animais selvagens e sem escrúpulos tocaram fogo no avô da garota. Uma mistura de lágrimas, fogo e fumaça tomavam conta de Ana. Ela via seu avô desaparecer entre o fogaréu. Não sabia o que fazer. Pensou em fugir, mas foi surpreendia por um dos rapazes que com força segurou seu braço dando-lhe murros e pontapés na barriga, e depois a violentou brutalmente. E um por um repetiu a triste cena até deixar a garota estirada no chão, envolta por sangue. Sem comoção alguma pela barbaridade que haviam cometido eles saíram rindo e cantando na madrugada. Certos de que nada mudaria em suas vidas. Afinal, ali eram animais que viviam na rua. Ninguém se importava com eles.
Parece loucura acreditar em coisas como estas.Mas tudo que acontece ao mundo é prova de que a profecia de Jesus está se cumprindo. " Sabes, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos tenembrosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos. Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, cruéis, sem amor para com os bons." (II Timóteo 3:1-3)
Ao passar por um mendigo na rua o que você pensa? Atravessar para o outro lado da pista? Ajudar com algumas moedas? Ou parar, conversar e levar um pouco de esperança para quem não possua nada? A violência nos toma de tal maneira que diante de tal cena ficamos inertes. Não sabemos mais em quem confiar.
A cena descrita acima ocorre todos os dias e muitas vezes não paramos para analisar sobre ela. Não estou suplicando benevolência apenas dando-lhe a oportunidade para parar e agradecer por tudo que tens. O homem vive insatisfeito com a vida. Embriagando-se no seu Eu que esqueceu-se de que não é o centro do mundo. Se você fosse Ana, o que faria? Suportaria?


Keu Almeida

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Ainda há esperança?


A humanidade desde o princípio foi marcada por grandes conflitos. Cada século teve sua desgraça (fome, guerras, holocausto, peste bubônica, etc.) e as pessoas perguntavam-se: “será que ainda vale a pena viver?”. A nossa geração não passa por situação diferente. Dia após dia podemos atestar que a vinda de Jesus Cristo está cada vez mais perto. O mundo parece ser dominado pelo caos. As desigualdades sociais aumentam assombradamente, a força da natureza parece querer engolir a Terra e para completar temos uma sociedade que vive sobre o domínio das drogas. Uma das maiores investidas do inimigo, pois vem ceifando vidas (jovens, adultos e crianças) de todas as classes, trazendo consigo uma expansão da violência e da prostituição. Um ciclo que atinge famílias, cidades e o país inteiro. Mães lamentam todos os dias a perda dos seus filhos, filhos perdem seus pais. Ao ouvir tantas barbaridades você pode pensar: será que Deus continua olhando para nós? Onde estar aquele que disse que estaria conosco todos os dias até a consumação dos séculos? Se essas dúvidas chegarem até você acalme-se. A sua essência humana as vezes que falar por você, mas não esqueça “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” JOÃO 16:33 . Da mesma maneira que passamos por situações difíceis Jesus também passou. Ele carregou a nossa cruz, mas venceu. O mundo não é e nem precisa ser um mar de rosas para que você possa ver a Glória do Senhor vir sobre você. Estamos aqui apenas de passagem. Não permita que seus olhos fechem-se. Não lamente pelas lutas que perdeu. Cada dia é um recomeço e há esperança sim, basta você acreditar!

Keu Almeida

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Perdão. Pense nisso!


Querido leitor, existe uma dificuldade enorme para nós seres humanos em liberarmos perdão, em aceitarmos que mesmo sendo a imagem e semelhança do nosso Deus altíssimo, nós somos homens, e todos nós desde então estamos sujeitos a falhas, transgressões e pecados. Há uma tendência generalizada em não seguirmos o que diz a palavra do Senhor e muitas vezes falamos e agimos expressando apenas as nossas próprias convicções e os desejos do nosso coração. Nesse momento, para podermos juntos compartilhar do grande amor e misericórdia de Deus gostaria de lançar um desafio para você que me ler: Você seria capaz de perdoar o casal Nardoni? Difícil, não é? E o Guilherme de Pádua? Difícil também, não? Dois eventos os quais chocaram a opinião pública brasileira. Lembro-me que na semana do julgamento do referido casal a imprensa não publicava outro assunto, os brasileiros voltaram sua atenção para TV e o que mais eleva a minha tristeza é saber que centenas de pessoas deixaram seus lares para esperar na frente do fórum e comemorar a sentença, aí eu pergunto para essas pessoas, comemorar o que? Uma criança morta, duas outras órfãs, duas famílias completamente destruídas e um casal condenado a passar parte das suas vidas presos numa cela. O que muitas vezes a sociedade se esquece é que milhares de “Isabelas” morrem todos os anos e muitas vezes vítimas da própria violência doméstica.

O que leva um pai tirar a vida da própria filha? Será que ele tava saturado dessa vida de liberdade e foi cometer “um criminho” para passar um bom tempo na cadeia? Claro que não! Não existe outra explicação para esses tipos de delitos que levam as pessoas agirem de forma inconseqüente e insana que não seja a espiritualidade, uma força maligna que desestabiliza o emocional e envolve a vida da pessoal a ponto de cometer tais brutalidades. Lembre-se que o nosso inimigo está para roubar, matar e destruir “o diabo vosso adversário, anda em derredor, como leão, que ruge procurando alguém para devorar” (2 Pedro 5:8).

A palavra do Senhor diz na carta aos Efésios 4: 32 “Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoa.” Em Colossenses 3: 13-14 a bíblia diz: “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou assim também perdoai-vos; acima de tudo isso, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição.” Querido, o nosso Deus não faz acepção de pessoas ele ama o ladrão, o pedófilo, o assassino, o traficante, o político corrupto dentre outros. Muitos de nós sentimentos dificuldades em liberar perdão com nossos próprios amigos e familiares, existem muitos lares que estão sedentos de perdão. Quero convidá-lo agora para mais um desafio, pois não podemos endurecer os nossos corações, antes devemos esvaziá-los de toda magoa, de todo orgulho, de todo rancor e de todo ódio, te chamo nesse momento para juntos resolvermos aquele mal entendido que aconteceu com algum ente querido ou até mesmo por uma “simples bobagem” você ficou sem falar com um amigo(a), ligue para essa pessoal agora, não importa quem errou, libere amor na vida dele(a) nesse momento e fale para ele(a): “Me perdoe em nome de Jesus!”. Você com certeza verá a gloria do Senhor na sua vida e agirá conforme a vontade Dele.

Espero que tenhamos juntos compartilhado do grande amor e misericórdia do nosso Senhor e salvador JESUS CRISTO. Amém.

Robson Pita